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Sombra e água fresca para os esportistas de alto nível

Período de férias é ideal para relaxar. Especialista orienta como os atletas podem curtir o descanso e aproveitar o tempo para cuidar do corpo e da mente

Quando chega o período das férias, o descanso é mais do que merecido para trabalhadores e estudantes que não veem a hora de colocar os pés para cima e relaxar. A mesma sensação de descompromisso com o relógio é aguardada ansiosamente por atletas de alto rendimento, como por exemplo, jogadores de basquete, modalidade que possui um calendário de férias entre as temporadas de campeonato nos meses de junho a agosto.

Bauru está bem representado no basquete, com o Paschoalotto/Bauru Basket na principal divisão do Novo Basquete Brasil (NBB). Como a temporada se inicia em agosto, a comissão técnica e os jogadores aproveitam o período de recesso para relaxar.

Murilo Becker, pivô do Paschoalotto/Bauru Basket é adepto do desligamento total no início das férias. “Quando acaba a temporada, eu busco relaxar por uns 15 dias, não fazer nada, tirar o foco da quadra, curtir a família e viajar, se possível. Uns 15 dias antes da reapresentação começo com uma preparação individual com corrida, academia, bato uma bola na quadra e faço um treino cardiorrespiratório. Geralmente eu faço isso para quando começar os treinos com a equipe eu não inicie do zero”, conta.

Para a terapeuta, atletas devem fazer atividades fora da rotina
Para a terapeuta, atletas devem fazer atividades fora da rotina

Em situações em que a temporada foi muito desgastante física e emocionalmente, como foi o caso de Murilo Becker com a tensão vivida nas finais do NBB, a recomendação é essa mesmo: desligar-se do seu esporte. A psicóloga Natália Pinheiro Orti, Mestre em Psicologia do Desenvolvimento e Aprendizagem e aprimorada em Psicologia do Esporte, do Instituto de Análise do Comportamento de Bauru (IACB), comenta que o indicado é sair da rotina.

“Nas férias, o atleta precisa se desligar momentaneamente de seus objetivos e rotinas profissionais e atender outras necessidades pessoais de lazer, entretenimento, relações interpessoais e principalmente de descanso. É recomendado sair da rotina, incluindo atividades que ajudem o atleta a vivenciar emoções e experiências gratificantes relacionadas a outras áreas da vida que não, o esporte, como leituras, filmes, atividades leves ao ar livre, passeios, viagens, interações sociais com familiares e amigos e outras atividades condizentes com os hobbies ou interesses pessoais do atleta fora do esporte”, recomenda a especialista.

Natália Orti acrescenta que o desgaste mental em competições de alto nível é tão intenso quanto o cansaço físico. “Negligenciar a recuperação mental após jogos e torneios importantes significa arriscar tanto a saúde quanto a capacidade de desempenho em alto nível dos atletas nas etapas seguintes da temporada. Por isso, além das estratégias para recuperação da mente no período de férias, é importante também programar momentos estratégicos de relaxamento e recuperação mental durante a temporada, de modo adequado para cada modalidade esportiva”, exemplifica.

Na cabeça do pivô do Paschoalotto/Bauru Basket, mesmo em modo off, o basquete ainda permanece no seu pensamento durante as férias. “Eu tento desligar o máximo, nem pensar em basquete, para curtir ao máximo com a minha família. Mas não dá para parar de pensar em basquete, acho que não vou conseguir nem quando eu parar de jogar. O esporte é uma coisa apaixonante e o basquete é emocionante. Nessas férias eu já passei da fase de desligar e já comecei a pensar novamente no esporte”, relata.

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